escrevo, pois

escrevo porque dói guardar em meu ser o que sinto.
escrevo, pois as mãos trêmulas clamam por palavras, por códigos.
escrevo não por charme, por me achar demais; mas sim por necessitar da morfina da escrita.

é dor para os pulsos; e a dor de usá-los demais torna-se prazer ao ver o sentimento inteiro e mastigado em linhas.
na verdade mais verdadeira da minha irrelevante condição humana, tudo é dor. até a mais longa das felicidades se torna dor pelo simples fato de que, um dia, acabará.

e, pois, escrevo. escrevo com o sentir explícito - ocasionalmente implícito - mas, ainda assim, o sentir. escrevo cada gota de lágrima que derramei e cada gargalhada que soltei. escrevo o meu pesar, o que sou - e se for para ser, que seja.


escrito em 3 de junho de 2017.

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