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ponto

meu bloqueio em desenhar tem se tornado mais frequente e desde sempre eu não consigo demonstrar minhas emoções nas minhas linhas tortas. tudo tem me feito chorar. não é tpm. não sei o que é. queria demonstrar o peso que sinto no coração, a culpa, a vontade de simplesmente deixar tudo pra lá, mas não conseguir, pois dependo desse tudo. eu tenho todos os pontos necessários para ser feliz. eu tenho tudo, mas parece que me falta algo e eu nunca consigo achar. esse é um texto que eu não gostaria de estar escrevendo, pois de mim obrigo a felicidade e quando não a alcanço eu choro.  eu não sei mais. 

soa como um desabafo

bloqueios. eu os criei em minha cabeça. eu fiz com que criassem raízes e tomassem conta da minha mente e do meu ser. eu me auto contaminei com ervas daninhas e com pensamentos negativos. não percebi o quanto caí. não notei o quanto o fundo do poço é distante e que cada dia eu caia mais e mais. me segurei nos galhos secos e frágeis. é hora de descansar. é hora de voltar ao topo. de (re)conquistar, aos poucos, o que perdi. o amor. a confiança. o sentimento de merecimento. é hora de voltar a viver.

ontem

ontem eu contei todas as pintas que tu tens no teu rosto e amei descobrir aquela perto do cabelo. ontem eu te olhei nos olhos como eu nunca antes consegui olhar, e te beijei no mesmo momento porque não queria que aquilo acabasse. ontem eu senti você tão perto de mim. em cima, embaixo, do lado, de frente, por trás. de todos os jeitos, no nosso encaixe perfeito. ontem eu perdi boa parte do meu juízo, mas não todo, porque sei que a hora de perder vai chegar. ontem eu te beijei centenas de vezes e passei a mão pelo teu corpo como quem acaricia uma estátua: sentindo cada detalhe das tuas curvas. ontem eu tive certeza do quanto minha mente, meu coração e meu corpo te desejam, de como me doo tão facilmente a ti. ontem quis teu corpo juntinho do meu, quis teu beijo, teu abraço e teu carinho. te quis como te quero hoje e como vou te querer amanhã.  escrito em 27 de agosto de 2017.

{s/ título}

quero te amar não só porque convém te amar, mas pelo simples motivo de que te amar deve ser incrível. quero te amar por já enxergar que me amarás também, que se apaixonarás por cada detalhe meu como eu por cada detalhe seu. quero te amar por cada mania, cada risada, cada abraço que conhecerei e registrarei em minha memória como as melhores coisas em você. quero te amar para poder pensar em alguém quando escuto Anavitória e também Drunk in love. quero te amar porque quero te amar, porque vejo algo bom em você mesmo que em pouco tempo e sei que isso talvez valha a pena. escrito em 3 de agosto de 2017.

escrevo, pois

escrevo porque dói guardar em meu ser o que sinto. escrevo, pois as mãos trêmulas clamam por palavras, por códigos. escrevo não por charme, por me achar demais; mas sim por necessitar da morfina da escrita. é dor para os pulsos; e a dor de usá-los demais torna-se prazer ao ver o sentimento inteiro e mastigado em linhas. na verdade mais verdadeira da minha irrelevante condição humana, tudo é dor. até a mais longa das felicidades se torna dor pelo simples fato de que, um dia, acabará. e, pois, escrevo. escrevo com o sentir explícito - ocasionalmente implícito - mas, ainda assim, o sentir. escrevo cada gota de lágrima que derramei e cada gargalhada que soltei. escrevo o meu pesar, o que sou - e se for para ser, que seja. escrito em 3 de junho de 2017.